No dia 25 de junho, a Rosto Solidário marcou presença no encontro “Mosaico em Partilha” partilhando boas práticas que colocam as pessoas mais velhas no centro da ação, da criação e da comunidade.
Sob o mote “Como cuidamos das pessoas mais velhas?”, a intervenção da Rosto Solidário destacou projetos e experiências que mostram como o envelhecimento pode ser vivido com mais participação, mais sentido e mais ligação.
Desde o Banco de Recursos, onde quatro voluntárias com mais de 65 anos garantem que doações chegam com dignidade a quem precisa, até ao Banco de Mobiliário, onde um voluntário sénior assegura a logística de apoio a dezenas de famílias por ano, entre outros exemplos que se multiplicam.
São histórias reais de pessoas que encontraram no voluntariado um espaço de utilidade, pertença e valorização do seu percurso de vida.
O Projeto Carpa, desenvolvido desde 2018 em parceria com o Orfeão da Feira, que promove competências socioemocionais das crianças através das artes, teve em 2022 uma edição especial sobre a empatia que juntou idosos do Centro Social de Fornos a crianças e jovens. Em duplas intergeracionais, exploraram expressões artísticas como a música e o teatro, vivendo momentos de grande proximidade. Os idosos sentiram-se mais valorizados e os mais novos levaram consigo uma experiência transformadora, que combate preconceitos e reforça o compromisso com uma sociedade mais inclusiva.
Foi também apresentado o projeto Work, Play and Grow, desenvolvido entre novembro de 2024 e maio de 2025 no Centro Social de Fornos. Com atividades semanais como dominó, dança ou pintura, este projeto aproximou gerações e criou laços genuínos entre voluntários e idosos, promovendo empatia, alegria e combate ao isolamento.
Outras metodologias inovadoras estiveram em destaque: o projeto ACT 4 Inclusion, que uniu teatro de improvisação e gamificação, ajudando os participantes a redescobrir a confiança e a expressão, e o D3PO, que recorreu a puzzles 3D como ferramenta terapêutica e educativa, estimulando memória, cooperação e o bem-estar.
Ao longo da intervenção feita por Patrícia Ribeiro, ficou clara a aposta da Rosto Solidário em metodologias criativas e participativas que devolvem protagonismo aos mais velhos e promovem comunidades mais inclusivas.
Aqui, o envelhecimento é vivido com dignidade, relação e sentido.
Porque, como foi concluído, “o que aprendemos com estas práticas é que o envelhecimento pode ser vivido com qualidade, quando há espaço para o voluntariado, para a aprendizagem e para os afetos.
A Rosto Solidário, trabalha para criar contextos de vida com mais sentido, onde cada pessoa — independentemente da idade — é valorizada, escutada e integrada.
E onde, juntas, podemos construir comunidades mais justas, mais solidárias e mais humanas”.

			



