O meu nome é Jonah Strong.
Tenho 25 anos.  E sou um artista.  

Mas o que é ser artista? Muitas vezes eu fiz essa pergunta, muitas vezes me perguntei se merecia esse estatuto. Escrevi livros, toco três instrumentos, compus dezenas de canções, fiz concertos. Então sim, acredito que sou um artista. Mas isso não me impede de duvidar. Artista – um termo banalizado, em suma. 
A minha jornada na arte começou cedo. A minha mãe costuma dizer que, quando eu tinha três ou quatro anos, já cantava de cor as suas cantoras francesas favoritas. Porém, não foi aí que o meu caminho na música começou.
Desde que me lembro, sempre gostei de cantar. Sempre senti emoções fortes ao ouvir música. Sempre viajei com os sons. A primeira vez que me lembro de realmente vibrar com um instrumento, foi quando tinha cerca de 7 anos de idade. Estava a ler uma revista, em busca do meu presente de Natal, e vi uma bateria. O meu coração começou a bater ao ritmo do instrumento.

 

Tinha que tocar!
Infelizmente, a minha mãe explicou-me que era complicado, por causa da vizinhança.
Tive que esperar até aos 14 anos, para conseguir a minha primeira bateria. E foi aí que tudo realmente começou.
Ao longo de mais de cinco anos, passei pelo menos uma hora por dia, às vezes mais de quatro, trancado no meu “bunker”, a tocar o meu instrumento. Tinha-me tornado viciado. E então, aos poucos, fui acrescentando a guitarra, o piano, e, acima de tudo, o canto.
Cantar liberta-me e faz-me vibrar.  

Desde os doze anos, sonho também ser escritor. Sempre quis ficar famoso pelas palavras que coloco numa folha. Então escrevi. Bastante. Por anos. Uma dúzia de romances inacabados. Quatro romances concluídos. Muitos poemas. Peças de teatro.
Em suma, um monte de coisas.
Mas nunca senti tanto prazer, ambição e força como quando, durante a pandemia Covid, decidi abdicar de tudo na minha vida para me dedicar à música a 100%.
Foi a partir desse momento que, cansado do confinamento que isso implicava, decidi largar a escrita. Então, comecei a compor as minhas canções, com toda a experiência acumulada musicalmente desde os meus 14 anos.

Desde então, componho, escrevo os meus textos, aprendo peças de outros artistas.
Já gravei dezenas de músicas e não pretendo parar por aí! É um processo, uma aprendizagem constante. Ainda não tive um sucesso retumbante, mas no momento é o suficiente para mim.
Eu faço o que amo, mesmo que não seja fácil, todos os dias.  

Detalhe que ainda não referi: eu nasci na Suíça e morei lá até há um ano atrás, quando vim morar para Portugal.

E, uma grande conquista para mim, dei o meu primeiro concerto no Porto há algumas semanas e voltarei a atuar em breve.  

O crescimento pode começar.