A Rosto Solidário condena o recurso à guerra e solidariza-se com todas as pessoas afetadas pelo conflito na Ucrânia.

Apelamos à valorização da cooperação internacional enquanto meio pacífico por excelência para a resolução de contendas políticas entre Estados. A via diplomática, o respeito pela democracia, pelo direito internacional, pelos Direitos Humanos e pela paz, são condições essenciais para evitar uma escalada e uma catástrofe humanitária na Ucrânia. A missão da Rosto Solidário passa por estar ao lado de quem sofre – Nos pobres esconde-se o rosto de Jesus – como ONGD que nasceu dos Missionários Passionistas. Acreditamos que é possível que todos tenham vida e a tenham em abundância.

O sofrimento não é uma vontade divina e é, muitas vezes, imposto pelas pessoas, pela ganância, pela prepotência, pelo poder, pela tirania, pela falta de partilha.
Isso não é normal, não é uma inevitabilidade na vida. Muitos sofrimentos são impostos! E é contra esses sofrimentos que nós temos de lutar. É ao lado dessas pessoas que temos de estar.
Na emergência há que socorrer, há que ajudar, há que cuidar, há que mitigar necessidades imediatas.

Os Missionários Passionistas de Ucrânia e Polónia lançaram um apelo a mobilizar apoios financeiros para uma resposta de emergência que estão a desenvolver junto de quem passa pela sua comunidade em fuga da Ucrânia ou junto de pessoas vulneráveis que não podem fugir e que todos os dias têm de ser apoiadas. 

Deixamos aqui as palavras de Padre Łukasz, Provincial dos Padres Passionistas que visitou a comunidade de confrades em Smotrych:

“Durante os últimos quatro anos, cada vez que visitava Smotrych e outras cidades na Ucrânia, podia ver como este país e os seus habitantes estavam a mudar e a desenvolver-se. Isto tornou ainda mais doloroso ver a destruição causada por bombardeamentos e ataques aéreos. O pior de tudo, é o sofrimento de tantas pessoas inocentes. Hoje, nós que proclamamos o amor de Deus em Jesus crucificado, queremos estar especialmente próximos destes nossos irmãos “crucificados”. Estou muito orgulhoso dos meus irmãos que não aproveitaram a oportunidade de procurar refúgio na Polónia. Eles não querem deixar os fiéis das nossas paróquias, amigos ou as pessoas de quem cuidamos na casa de repouso. A minha presença em Smotrych é apenas uma pequena expressão de apreço pelo seu serviço e determinação, e uma tentativa de mostrar solidariedade com uma nação que já experimentou muito sofrimento na sua história. Regresso à Polónia cheio de otimismo. Nos últimos dois dias experimentei muita bondade e vi pessoas unidas, cheias de fé e confiança. Ao vir para a Ucrânia queria trazer um pouco de esperança, mas não há falta disso aqui. Se Deus quiser, espero poder voltar em breve a uma Ucrânia bela e livre”.

𝐀𝐣𝐮𝐝𝐞 𝐨𝐬 𝐌𝐢𝐬𝐬𝐢𝐨𝐧á𝐫𝐢𝐨𝐬 𝐏𝐚𝐬𝐬𝐢𝐨𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐔𝐜𝐫â𝐧𝐢𝐚